A oficina “Infinita Capoeira” , às 09h00, foi a primeira programação da Praça Santos Andrade no segundo dia do Festival de Cultura do Paraná 2009, também Dia da Consciência Negra (20/11). A arte teve origem nos tempos de escravidão no Brasil, mas hoje já se espalhou pelo mundo.
Debaixo de uma árvore florida, no chão de petit-pavé coberto por pétalas roxas, a oficina de capoeira era preparada. Curiosos paravam para dar uma espiadela; alguns perguntavam o que tantos instrumentos faziam perfilados no centro da Praça Santos Andrade. Os quatro berimbaus, chocalhos variados, pandeiros, um reco-reco e atabaque foram cuidadosamente trazidos pelo curitibano Bruno Rossa, administrador da oficina, que aguardava ao lado dos instrumentos, a chegada dos participantes. O som do berimbau solitário parecia chamar os amantes da capoeira e, como se combinado, várias pessoas surgiram ao mesmo tempo de direções diferentes, ansiosas para começar.
Entre elas estavam capoeiristas experientes e gente que nunca havia participado. Andrey Percegona tinha um ar tranqüilo de quem sabe o que está fazendo, apesar de nunca ter jogado capoeira antes. A vontade era grande fazia tempo e toda a vez que via uma roda pensava em entrar, mas nunca tinha tomado a iniciativa. A oficina foi uma chance de finalmente começar.
O nome peculiar da oficina – Infinita Capoeira – tem uma explicação muito lógica: “mesmo o mestre mais antigo nunca vai saber tudo; ele preserva a raiz da capoeira, mas precisa evoluir e aprender coisas novas”, explica Bruno, que começou a jogar em 1996 e nunca mais parou.
“Este material foi produzido por Juliana Blume, estudante de Jornalismo da UFPR, e faz parte da Comunicação Compartilhada do Festival de Cultura do Paraná. A iniciativa consiste no entendimento da comunicação como ação política e não apenas como canal de circulação de informações. Trata-se de um processo de interpretação da realidade desenvolvido colaborativamente em contraposição à lógica competitiva da mídia de massas. Para saber mais, acesse: http://cc.nosdarede.org.br”
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