segunda-feira, 14 de março de 2011

Floresta de pernas para o ar



Ah, a Floresta! Sempre tão pacata e organizada. Estudantes, professores e técnicos convivem em harmonia na mais bela estrutura, aproveitando os melhores equipamentos... Não. Na verdade, dando uma pequena volta pela Floresta é muito fácil perceber que ela está, sim, de pernas para o ar.

Você começa o ano descobrindo que não vai poder fazer o estágio que conseguiu a duras penas, porque a Coordenação não assina contratos durante as férias. Depois, descobre que não vai se formar em quatro anos, porque inventaram um pré-requisito para cursar TCC I, sem passar por todas as instâncias necessárias, sem nem publicar em edital. Fora a agência de PP que há anos vai ficar pronta “no semestre que vem”, a falta absurda de técnicos para auxiliar no ensino de matérias como rádio e televisão, a ausência de professores que estão afastados há tanto tempo por um atestado médico questionável, entre outros.

Para quem ainda está desbravando a Floresta ou ainda não percebeu o tamanho da bagunça, a gente dá uma mão. No final do ano passado foi aprovado um novo Regimento de Estágios para o curso de Comunicação Social. Válido para os estágios obrigatórios e não-obrigatórios, o Regimento impossibilita grande parte dos contratos por vários motivos, como a carga horária limitada a 25 horas semanais e 5 horas diárias, a possibilidade de estagiar somente a partir de 50% do curso concluído, a não-assinatura de contratos durante as férias e a supervisão de apenas 6 alunos por professor. Como a nossa formação não é suficiente para nos preparar como bons profissionais, o estágio enquanto experiência prática é parte essencial do nosso curso e, sob essas condições, torna-se impossível estagiar.

Além disso, há a questão dos alunos que foram impedidos de cursar TCC I nesse semestre por não terem concluído a disciplina de Metodologia de Pesquisa. Acontece que não existe pré-requisito algum para cursar TCC I. E caso a Coordenação ache viável criar esse pré-requisito, isso deve ser feito de forma regular, passando por todas as instâncias necessárias - e não simplesmente impondo uma decisão tirada da genialidade dos chefes, diretores ou encarregados.

Com todos esses problemas em jogo, fica claro como os estudantes de Comunicação Social vêm sendo prejudicados pela falta de organização, de informação e também pelo descaso com que somos tratados na Floresta. É por esses motivos que lançamos hoje a campanha “Floresta de pernas para o ar”. Com ela, buscamos conquistar não só o direito de estagiar ou de cursar TCC I, mas de ter uma formação qualificada com tudo aquilo a que temos direito!

Reivindicações:

- Por um Regimento de Estágios que contemple a necessidade dos estudantes e que seja condizente com nossa realidade;
- Pela possibilidade de cursar TCC I sem ter concluído Metodologia de Pesquisa, até alteração curricular efetiva;
- Pela possibilidade de cursar TCC I e TCC II em ambos os semestres;
- Pela resolução da questão com os professores afastados por atestado, garantindo que os estudantes possam ter o corpo docente completo;
- Pela entrega rápida e com plena possibilidade de uso da Agência de Publicidade e Propaganda;
- Pela contratação imediata de técnicos que auxiliem os estudantes na formação prática;
- Pelo calçamento e pela construção de uma entrada para pedestres no campus;
- Por uma nova pintura no prédio, reivindicada há muito tempo, com a garantia do Reitor que no começo desse ano já estaria concluída;
- Pela estrutura necessária para o acesso de cadeirantes e deficientes físicos, como rampas na entrada do prédio e dos banheiros;
- Pela colocação de bicicletário no campus;
- Por melhor iluminação e melhor segurança, principalmente para os alunos que têm aula a noite;
- Por mais e melhores equipamentos;
- Por manutenções constantes das ilhas de edição;
- Pela garantia de que os estudantes tenham acesso a todo o conteúdo pedagógico de todas as disciplinas que cursarem, contanto com a presença garantida dos professores;
- Por uma reforma curricular que não tecnicize o curso e que garanta um número menor de horas-aula optativas.


Está na hora de lutar pela qualidade de ensino que nunca tivemos, porque a Floresta está de pernas para o ar!

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